O artigo Indicadores de Uso Educativo de Tecnologias: Práticas Avaliativas na Escola, de Marcia Padilha, presente no livro Tecnologias Digitais na Educação (múltiplos autores), propõe uma reflexão sobre a presença de TIC (Tecnologias da Informação e da Comunicação) na escola e o uso de indicadores avaliativos.
Ultimamente os indicadores, segundo a autora, tornaram-se conhecidos dos brasileiros em geral (IDH, IDEB e PISA, por exemplo), independentemente da nossa capacidade de problematizá-los, entender como são construídos e medidos e criticá-los ou aceitá-los. Isso é decorrência da necessidade de prestação de contas por parte dos governantes face ao número crescente de investimentos. No tocante à presença de TIC na escola, os indicadores podem nos trazer diversas contribuições, dependendo do enfoque que é dado à temática. Alguns indicadores podem, por exemplo, dialogar com a necessidade de formação de docentes e alunos com as competências necessárias para ensinar e aprender no século XXI e para o aprendizado ao longo da vida; outros podem dizer respeito a habilidades de manejo de máquinas e softwares.
Contudo, os indicadores são necessários para a avaliação dessa presença, a fim de irmos além de opiniões superficiais como “a favor” ou “contra”. Segundo a autora, para uma boa avaliação, os indicadores devem estabelecer, antes de tudo, um panorama amplo dos fatores que incidem em um determinado contexto, desenhando-se uma matriz avaliativa com os diversos elementos que interagem em uma política ou em um projeto de TIC na escola. Desta forma, pode-se elaborar políticas específicas para a área e permite-se que as políticas desenhadas gerem os impactos pretendidos. Podemos passar de impressões a dados mais objetivos sobre os indicadores.